Construyendo diálogos de paz en Colombia, una experiencia de campo en Tierra Grata con estudiantes de la Universidad Popular del Cesar

Armando Martínez Rosales[1]

Resumen

Este texto, redactado como relato de experiencia, trae registros y memorias de investigaciones de campo realizadas por el autor con estudiantes de Sociología -disciplina Sociología Comunitaria- de la Universidad Popular del Cesar, ubicada en la capital del departamento del Cesar, en Valledupar, en la región del Caribe colombiano. El grupo visitó Tierra Grata, uno de los 24 Espacios Territoriales de Capacitación y Reincorporación (ETCRs) que a lo largo del territorio colombiano construyen colectivamente excombatientes de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia-Ejército del Pueblo (FARC-EP) como parte de los Acuerdos de Paz en Colombia firmados en 2016 entre el gobierno colombiano una de las insurgencias armadas más antiguas de América Latina.

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O Grupo Folha e a Ditadura Empresarial-Militar de 1964

Fernando Sérgio Damasceno* Antônio Pereira de Oliveira**

Resumo:

O golpe civil-militar de 1964 instaurou no Brasil uma ditadura que perdurou 21 anos, pondo fim a um período de parca democracia burguesa no país, período esse em que as organizações operárias e camponesas se construíam e se fortaleciam em todo território nacional. Como em toda ditadura, a ditadura civil-militar brasileira contou com o apoio da grande imprensa, que, por meio de seu colaboracionismo, legitimava em suas páginas as maiores atrocidades cometidas pelo governo, a perseguição de lideranças sindicais e o aumento da taxa de exploração dos trabalhadores, que ao reivindicarem suas pautas passaram a ser retratados nas páginas da imprensa como subversivos e ameaça à pátria. O presente artigo visa à discussão desse apoio da imprensa brasileira à ditadura, debatendo essa questão a partir das intervenções do Grupo Folha na cidade de Santos, por meio de seus órgãos A Tribuna da Cidade de Santos (fundado em 1894) e Folha da Tarde, (1967).

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Meu Brasil Latino

Mateus Fiorentini[1]

Independência ou Morte, feito por Pedro Américo (1888).

Resumo: O presente artigo pretende promover uma reflexão acerca da relação do Brasil e a existência, ou não, de sua identidade latino-americana. Para isso, buscará chamar a atenção para as narrativas que construíram a ideia de um Brasil formado de costas para a América Latina, tanto em âmbito local quanto regional. Assim, o trabalho tem como meta explicitar algumas das razões pelas quais a percepção dos brasileiros em relação a sua latinidade é tão baixa. Ao mesmo tempo identificar os elementos apontados pelos nossos vizinhos como fatores que sustentam o distanciamento do Brasil em relação ao continente, com o objetivo de apresentar os limites dessas narrativas. Por fim, buscaremos reivindicar a latinidade da sociedade brasileira a partir da perspectiva das representações desenvolvidas por Pierre Bourdieu.

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A mentalidade colonial em liquidação”: Guerreiro Ramos e a temática nacionalista nos anos 1950 -1960.

Elisabeth Juliska Rago*

Alberto Guerreiro Ramos. 1915-1982

Resumo

O artigo contextualiza o momento em que nasce a ideologia nacional-desenvolvimentista no Brasil, nos anos 1950 e 1960. Um grupo de intelectuais enfrentou o desafio de interpretar o Brasil à luz da “fase” de desenvolvimento industrial, condição de superação do subdesenvolvi-mento, da mentalidade colonial, da dependência e da pobreza. Dentre os pensadores que participaram da elaboração da ideologia nacional-desenvolvimentista, destaca-se a figura de Alberto Guerreiro Ramos como formulador de uma sociologia nacional, entendida como sendo um “saber de salvação.”

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