
Leonam Quitéria Gomes Monteiro*
Resumo: Este trabalho visa analisar as construções identitárias dos intelectuais no cinema cubano. Com a institucionalização do Socialismo, os artistas foram cobrados a produzirem uma arte atrelada aos novos valores revolucionários. Pretende-se discutir os filmes El Final (1964) e Desarraigo (1965), de Fausto Canel e Memórias do Subdesenvolvimento (1968), de Tomás Gutiérrez Alea. Esses filmes produziram uma ruptura com o papel que o governo imputou ao cinema, ou seja, o de ser um cinema de propaganda. Os diretores propuseram usos à linguagem cinematográfica e construíram discursos que apresentavam dúvidas e críticas aos processos revolucionários. O cinema ao mesmo tempo em que serviu como uma ferramenta das demandas governamentais, também se converteu em uma arena de reflexões e discursos políticos.
Palavras-chave: Cinema cubano. Intelectuais. Identidade. ICAIC
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